Curta os mais variados Rocks

Curta os mais variados Rocks
Ronnie James Dio

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

História do Rock in Rio

Rock in Rio é um festival de música idealizado pelo empresário brasileiro Roberto Medina e realizado pela primeira vez em 1985. Originalmente organizado no Rio de Janeiro, de onde vem o nome, tornou-se um evento de repercussão mundial e, em 2004, teve a sua primeira edição internacional em Lisboa, Portugal.
Ao longo da sua história, o Rock in Rio teve nove edições, três no Brasil, quatro em Portugal e duas na Espanha. Em 2008, foi realizado pela primeira vez em dois locais diferentes, Lisboa e Madri.
A próxima edição do festival será realizada nos dias 23, 24, 25, 30 de Setembro e 01 e 02 de outubro de 2011, no Parque Olímpico Cidade do Rock, no Rio de Janeiro.
 
História
Os artistas e o Rock in Rio
Suas participações nas diversas edições do evento marcaram as carreiras de algumas das estrelas nacionais e internacionais, segundo suas próprias declarações:

[editar] Rock in Rio I

  • AC/DC: O grupo australiano exigiu como condição para poder tocar no festival usar um sino de meia tonelada, tocado pelo vocalista Brian Johnson na canção "Hells Bells". O aparato veio de navio, porém, era muito pesado para a estrutura do palco, obrigando um dos cenógrafos do festival a fazer, secreta e apressadamente, um sino de gesso para a ocasião. A banda interrompeu as gravações do disco Fly on the Wall, que seria lançado meses depois, para tocar no festival, como parte da turnê do disco Flick of the Switch (1983). O encerramento do show foi marcado pelo disparo de dois canhões, um de cada lado do alto do palco, em "For those about to rock".
  • Os Paralamas do Sucesso: O trio carioca de rock brasileiro foi considerado a grande revelação do festival promovendo o seu segundo disco, O Passo do Lui. Convidados de última hora, não puderam convidar banda de apoio ou construir cenário - a decoração era apenas um vaso com uma palmeira. Durante o show, criticaram a plateia que vaiou as outras bandas brasileiras e homenagearam a ausência de bandas paulistas no evento executando "Inútil", do Ultraje a Rigor. O show do dia 16 foi lançado em DVD em 2007 com o título Rock in Rio 1985.
  • Iron Maiden: Os integrantes da banda consideram sua aparição no evento uma das experiências mais marcantes de suas carreiras. Parte da turnê World Slavery Tour 84/85, do disco Powerslave (1984), tocou para 200 mil pessoas. A banda foi a única estrangeira a fazer um único show, ao invés de dois. O show foi incluído na versão em DVD do vídeo Live After Death.
  • Barão Vermelho: No show do dia 15, o quinteto carioca foi o único grupo brasileiro que não foi vaiado e conseguiu arrancar aplausos dos fãs de heavy metal interessados nos shows de AC/DC e Scorpions. No mesmo dia, ocorria em Brasília, no Colégio Eleitoral, a eleição presidencial indireta que escolheu Tancredo Neves como novo presidente, dando um grande passo na redemocratização do país. O palco e a plateia contavam com várias bandeiras do Brasil. O então guitarrista e atual vocalista Frejat subiu ao palco usando uma calça verde e uma camisa amarela, e a banda fechou o show tocando "Pro Dia Nascer Feliz", com o coro uníssono da platéia no refrão. No show do dia 20, o Barão tocou uma canção inédita feita por Cazuza em parceria com Lobão, intitulada "Mal Nenhum", que seria gravada pelo próprio Cazuza em carreira solo, e também a música "Um Dia na Vida" (Cazuza/Maurício Barros) que ainda era inédita e foi gravada no 4º LP do Barão (em 1986, porém, sem Cazuza, e é por isso que a versão dela no "Rock in Rio" já é mais rara, ao contrário de sua versão no LP Declare Guerra, com o vocal de Roberto Frejat). O show do dia 15 lançado no LP e CD 'Barão Vermelho ao Vivo em 1992, sendo posteriormente relançado como CD e DVD em 2007, com o título Rock in Rio 1985. O grupo promovia o seu terceiro disco, Maior Abandonado.
  • James Taylor: O cantor enfrentava dependência de drogas e o divórcio da também cantora Carly Simon. Taylor declarou que pensava em abandonar a carreira logo após o Rock in Rio I, do qual participaria apenas por compromisso contratual. O cantor declarou-se, porém, comovido com a inesperada recepção do público, e ali decidiu que retomaria as rédeas de sua carreira. Em homenagem ao ocorrido, Taylor compôs a balada "Only a Dream in Rio" (Apenas um sonho no Rio), na qual declama versos como "I was there that very day and my heart came back alive" ("Eu estava lá naquele dia e meu coração voltou à vida"). Anos mais tarde, ao ser convidado para participar da terceira edição do evento, em 2001, Taylor declarou que para ele era "questão de honra" participar do Rock in Rio.
  • Ivan Lins: Para o cantor, o festival representou o ápice da sua carreira. Ele quase perdeu a voz durante sua apresentação no evento e pediu o apoio da plateia na performance de suas canções. Na época do festival, Ivan Lins era fumante e numa entrevista recente, ele disse que suspeitou que a quase perda da sua voz no evento teria sido causado pelo cigarro e, por isso, ele parou de fumar.
  • Ozzy Osbourne: Ozzy veio promover seu disco de 1983, Bark at the Moon. No que foi qualificado como "falha de organização", sua apresentação foi marcada logo antes da de Rod Stewart. Ao assistir dos bastidores a passagem de som do cantor escocês, Osbourne disse haver pensado que seria vaiado e expulso do palco, pois seu estilo era diametralmente oposto ao do ex-vocalista do The Faces, e não acreditava que fãs do primeiro pudessem apreciar sua música. O contrato de Ozzy incluía uma cláusula proibindo-o de comer qualquer tipo de animal vivo no palco, em referência ao famoso episódio em que Osbourne decapitou um morcego a dentadas em um show de 1982; um fã atirou uma galinha no palco, e Ozzy a deu para seus roadies. Ozzy também se apresentou usando uma camisa do Flamengo (presente dado por um fã) - o momento chegou a virar capa de revista no Brasil. Outro momento marcante do show foi o solo de bateria sem baquetas de Tommy Aldridge.
  • Pepeu Gomes: Mesmo encontrando uma plateia hostil com a maior parte dos artistas brasileiros, Pepeu foi ovacionado e reconsagrado. Pepeu considera o Rock in Rio como um dos maiores momentos de sua carreira, pois abriu novas portas para uma carreira no exterior. Após o show Pepeu foi cumprimentado por John Sykes, guitarrista do Whitesnake.
  • Queen: Estrelas máximas do evento, todos os integrantes do Queen concordam em qualificar aquela apresentação como uma das cinco mais emocionantes do grupo, e Freddie Mercury qualificava a execução da canção "Love of My Life" como a melhor jamais feita pela banda. Na época, o grupo inglês estava na turnê do disco The Works.
  • Rod Stewart: Com sua característica voz rouca, Rod fez a plateia cantar com ele.
  • Scorpions: Os alemães vieram promover a turnê do disco Love at First Sting. No show do dia 15, o vocalista Klaus Meine pegou uma grande bandeira do Brasil e a tremulou. No show do dia 19, o guitarrista Matthias Jabs usou uma guitarra parecida com a que está no logotipo do festival e com pequenas bandeiras do Brasil estampadas nela. A banda filmou a visita ao Rio e algumas imagens foram editadas no videoclipe da versão ao vivo de "Still Loving You" (que na época era parte da trilha sonora da novela Corpo a Corpo), lançada no disco World Wide Live, seis meses depois do show.
  • Yes: O Yes realizou o sonho de muitos roqueiros brasileiros, mostrando ao vivo seu eletro sinfônico de rock progressivo, realçado por incrível iluminação e algumas aparições de laser durante as músicas. A banda inglesa promovia o disco 90125, lançado em 1983 e que tinha o megahit "Owner of a Lonely Heart".
  • Whitesnake: A banda liderada por David Coverdale foi chamada às pressas para o festival, no lugar do Def Leppard, que cancelou a participação devido ao grave acidente sofrido pelo baterista Rick Allen, que teve o braço esquerdo amputado. Coverdale reformulou a banda às pressas, pois só restou o baterista Cozy Powell, que fez parte da formação do disco Slide It In (1984). O álbum mencionado é conhecido pelas canções "Guilty Of Love", "Slow An' Easy" e "Love Ain't No Stranger", a última conhecida no Brasil devido à sua execução em uma campanha publicitária dos cigarros Hollywood.

[editar] Rock in Rio II

  • Guns N' Roses: A banda mais aguardada do evento se apresentou em 2 shows e fez, na opinião de seu líder e vocalista Axl Rose, "uma de suas melhores apresentações em todos os tempos". Foi o primeiro show com o baterista Matt Sorum e o tecladista Dizzy Reed, e algumas das músicas apresentadas eram inéditas, que seriam lançadas nos álbuns Use Your Illusion I e Use Your Illusion II no final do ano.
  • Faith No More: Graças a participação no festival, o FNM passou a ser a banda estrangeira mais cultuada do Brasil na época, tanto que o grupo voltaria ao país meses depois para uma mini-turnê. A banda também conheceu o Sepultura, com quem o vocalista Mike Patton gravou a canção Lookaway, presente no disco Roots (1996). O grupo estava na turnê do disco The Real Thing.
  • Sepultura: O grupo brasileiro de maior repercussão mundial estava vivendo um grande momento da carreira. A banda, liderada na época pelos irmãos Max e Igor Cavalera, estava gravando o quinto disco Arise, quando foram convidados para participar do festival. Para aproveitar a atenção que a mídia dava ao quarteto por causa do evento, eles decidiram lançar uma versão pré-mixada de Arise, que tinha como faixa bonus "Orgasmatron" (cover do Motorhead). Sepultura teve apenas 30 minutos de show.
  • Happy Mondays: A principal banda do movimento Madchester, até então não muito conhecido no Brasil.
  • Titãs: O show no Rock in Rio 2 marcou o fim da turnê do disco Õ Blésq Blom.
  • Judas Priest: Promovendo o disco Painkiller, o grupo inglês não deixou ninguém parado na noite do metal. A platéia foi ao delírio quando o vocalista Rob Halford subiu no palco numa motocicleta, como tradicionalmente faz.
  • A-ha: A banda norueguesa se apresentou conseguindo 198.000 pessoas no público.
  • Megadeth: O grupo americano de Thrash Metal tinha acabado de lançar o seu quarto disco, Rust In Peace, e apresentou um cover de "Anarchy In The UK" dos Sex Pistols. Na transmissão da TV Globo, o jornalista Pedro Bial (que na época era correspondente internacional da emissora) chamou a banda de "Megadeti", ao inves de Megadeth.
  • Engenheiros do Hawaii: Em sua primeira participação no Rock in Rio, foi votada por uma enquete da Rede Globo como a segunda pior do festival, atrás apenas da também brasileira Biquini Cavadão. Gessinger, Licks & Maltz, em pleno estouro do hit-cover "Era Um Garoto …", sequer foram mencionados pela Folha de São Paulo (isso sem esquecer que os Engenheiros eram idolatrados por seu público e bombardeados pela crítica sendo inclusive citados pela Revista Bizz como os melhores de 90 para o público e para a crítica, os piores). Ainda assim, o grupo foi reconhecido por ter feito um show de qualidade comparável aos dos gringos pelo jornal norte-americano New York Times, em sua cobertura.[carece de fontes?]
  • George Michael: Durante o show, teve a participação de seu ex-parceiro no Wham!, Andrew Ridgeley.
  • Lobão: O cantor foi escalado para tocar na noite do metal e encontrou a platéia inconformada com o curto show do Sepultura, que tocou antes dele, sendo atacado com copos e garrafas. A situação ficou pior ainda quando ele levou pro palco a bateria da escola de samba Mangueira. Lobão promovia o seu primeiro disco ao vivo, Vivo.
  • Moraes Moreira e Pepeu Gomes: Foi o ultimo show da turnê que a dupla vinha fazendo no Brasil e exterior. Na apresentação foi tocada uma música chamada "Paz em Bagda" que havia sido feita nas vésperas do show e que até hoje nunca foi gravada.

[editar] Rock in Rio III

  • Iron Maiden: Desta vez como estrelas máximas do evento, o Iron Maiden fechou a antepenúltima noite do evento, que ficou conhecida como "noite do metal", devido à participação exclusiva de representantes do estilo Heavy Metal. Os integrantes da banda consideraram a apresentação memorável, tendo-a transformado no CD e DVD Rock in Rio em 2002. Esta registra a maior apresentação da banda, que tocou para um público de 250 mil pessoas. O show no festival também marcou o fim da turnê do disco Brave New World.
  • Sepultura: Os organizadores resolveram escalar o grupo mineiro faltando um mês para começar o festival. O show do Rock in Rio III marcou o início da turnê do disco Nation, que viria a ser lançado em Março de 2001. Durante a execução da faixa-título, um fã invadiu o palco e foi repreendido pelos seguranças do evento, fazendo com que a banda interrompesse o show para socorre-lo. O Rock in Rio III foi também o primeiro grande festival brasileiro do grupo com o vocalista americano Derrick Green.
  • Rob Halford: Após tocar em dois projetos diferentes (Fight e Two), o então ex-Judas Priest havia retornado ao gênero que o consagrou mundialmente ao lançar o disco Resurrection (2000). Além de canções do disco citado, a sua apresentação teve também canções do Judas Priest. Ele também lançou um CD e DVD ao vivo com seu show, o Resurrection World Tour - Live At Rock In Rio III (2008), que foi produzido por Roy Z, produtor e guitarrista que trabalhou com Bruce Dickinson em sua carreira solo.
  • Guns N' Roses: O primeiro grande show da banda desde 1993, e apenas Axl Rose e o tecladista Dizzy Reed restavam desde aquela época. O guitarrista Robin Finck surpreendeu a todos falando português e mandando com sua guitarra um cover de "Sossego", de Tim Maia. Por sugestão de Axl Rose, os organizadores do Rock in Rio escalaram o grupo Papa Roach.
  • Oasis: Quando se apresentou no Brasil pela segunda vez, o grupo inglês liderado pelos irmãos Noel e Liam Gallagher tinham acabado de lançar o CD e DVD ao vivo Familiar to Millions, que foi gravado em Julho de 2000 na antiga estrutura do Estádio de Wembley, em Londres. A caminho do Brasil, o vocalista Liam Gallagher assediou uma aeromoça da British Airways. Na coletiva para a imprensa, Noel Gallagher foi perguntado o que seria para ele um mundo melhor e o guitarrista disse: "Um ar mais puro e nada de armas e rosas". Apesar dos fãs de Guns N' Roses reclamarem em vários momentos, o show foi bem aceito pela plateia - em "Don't Look Back in Anger", Noel deixou o refrão final para o público cantar, e agradeceu em português. Antes do final do show com "Rock 'n' Roll Star", Liam falou: "Esta vai para o Senhor Rose".
  • Pato Fu: Inicialmente os mineiros tavam escalados pra tocar na noite teen, mas pediram pros organizadores pra tocar numa das noites de rock, no caso a noite que tinha o Guns N' Roses como atração principal. Acreditavam que o grupo de Fernanda Takai seria vaiado, mas foram aplaudidos pelo público presente. Durante o seu show, a banda tocou a música inédita "Eu", que seria editada no disco Ruído Rosa. O show do Rock in Rio III fazia parte da turnê do disco Isopor, com direito a dois panos de fundo com os robôs que aparecem no videoclipe da canção "Made in Japan".
  • R.E.M.: O líder e vocalista da banda, Michael Stipe declarou que aquela foi uma das apresentações mais emocionantes de sua carreira, especialmente pelo fato de aquela ser a primeira vez em que a banda se apresentara perante 250 mil pessoas.
  • Ira! & Ultraje a Rigor: Os grupos paulistas que fizeram uma apresentação conjunta, conhecida na época como "Recreio dos Bandeirantes" (em referência ao bairro vizinho a Jacarepaguá e ao palácio do governo do Estado de São Paulo). O Ira! subiu no palco primeiro abrindo com Gritos da Multidão e nele o então vocalista Nasi berrou "Eu quero ouvir os gritos do Rock in Rio" e foi atendido. O grupo liderado pelo genial guitarrista Edgard Scandurra mandou no palco também seus outros hits como "Dias de Luta", "Nucleo Base" e a inédita "Vida Passageira", do recem-lançado disco MTV ao Vivo. Em seguida, o Ira! chamou os membros do Ultraje a Rigor e juntos mandaram o cover de "Should I Stay Or Should I Go" do The Clash. Em seguida, o Ultraje assumiu o palco e mandou na maioria os hits dos anos 80 e ainda tocaram "Paranoid" do Black Sabbath. No final, o Ultraje a Rigor se despediu da plateia mostrando suas nadegas, gesto irreverente que é uma marca registrada pelo grupo liderado pelo vocalista e guitarrista Roger Moreira. Assim como o Ira!, o Ultraje a Rigor também tava promovendo o seu disco ao vivo, o 18 Anos sem Tirar!, lançado em 1999.
  • Foo Fighters: Inicialmente, a banda não foi convidada para participar do festival, mas depois de ver que o grupo liderava uma enquete sobre "atrações favoritas" feita no site do festival, os organizadores pensaram melhor. O Foo Fighters se apresentaria no Brasil em Fevereiro de 2000, mas cancelaram depois que o quarteto descobriu que um dos shows seria exclusivo para clientes de um companhia telefônica. Coincidentemente, o vocalista Dave Grohl fazia aniversário no dia da apresentação com direito a bolo trazido ao palco por sua então esposa Melissa Auf der Maur (ex-Hole) e a um beijo de Cássia Eller. O show fez parte da turnê do disco There is Nothing Left to Lose, editado em 1999.
  • Capital Inicial: A exemplo o Sepultura, a banda brasiliense inicialmente tava fora do evento, mas depois foram incluidos. A turnê era acústica, seguindo o disco Acustico MTV, mas o show do Rock in Rio incluiu guitarras.
  • Silverchair: Durante o show da banda australiana, alguns espectadores estenderam uma faixa que dizia "Grunge Not Dead" (Grunge Não Morreu) e a banda tocou uma canção inédita chamada "One Way Mule", que seria editada no disco Diorama, lançado em 2002. Eles estavam promovendo o disco Neon Ballroom (1999).
  • Cássia Eller: Na coletiva para a imprensa, a cantora falou que o Rock in Rio era o seu Woodstock. O show teve a participação dos percussionistas do grupo Nação Zumbi, e marcou o fim da turnê do disco Com Você... Meu Mundo Ficaria Completo, lançado em 1999. Um momento memorável foi quando Cássia mostrou os seios durante um cover de "Come Together", dos Beatles. Cássia também fez questão de prestar homenagem a Kurt Cobain cantando "Smells Like Teen Spirit". Em 2006, a performance foi lançada no CD e DVD Rock in Rio ao Vivo (Cássia Eller).
  • Sandy e Junior: Com público presente estimado de mais de 250 mil pessoas, a turnê dos irmãos conta com várias trocas de roupas dos artistas e dos mais de vinte bailarinos. O show prestigiado conta ainda com efeitos especiais e tecnologias que trazem sensações das quatro estações do ano. Primavera, Outono, Inverno e Verão. Além dos sucessos da carreira de Sandy e de Junior, os cantores e músicos interpretam canções de artistas nacionais e internacionais. Sandy com apenas 17 anos de idade, canta uma canção brasileira de Elis Regina, Fascinação. Junior com 16 anos de idade, por sua vez, interpreta no show a canção conhecida na voz do músico Santana, Smooth. Nesta música além de cantar e dançar, Junior toca percussão. Sandy e Junior entraram nas estatísticas do Rock In Rio como os artistas de menor idade a se apresentar neste evento.
  • Britney Spears: Obteve um dos maiores públicos de sua carreira: 250 mil pessoas. Principal artista da "noite pop" do festival, Britney foi vaiada ao mostrar a bandeira estadunidense no show durante a música "Lucky", seguindo o cronograma normal da turnê como foi feito em todos os países. No entanto, o público considerarou o ato um desrespeito tendo como consequência a vaia. Britney Spears se envolveu, também, em outra polêmica devido as acusações de que a cantora não cantava realmente durante os seus shows. Posteriormente foi esclarecido que Britney usou um reforço chamado de "Base Pré-Gravada", no qual uma gravação com a voz de Britney cantando as músicas é transmitida enquanto a cantora canta ao vivo por cima dessa gravação. A justificativa dada para esse procedimento, utilizado por ela até hoje, são os excessos de coreografia que seu show possui, tornando o show totalmente ao vivo impossível. Ainda para finalizar os problemas da cantora nessa edição do festival, durante a transmissão televisiva do show, seu microfone foi desligado, sendo transmitido apenas o som da "Base Pré-Gravada". Durante alguns momentos da transmissão, Britney falou e cantou ao microfone, todavia, apenas os presentes no show podiam ouví-la, enquanto quem assistia pela TV, em casa, ouviu somente ecos do som ambiente.
A terceira edição do Rock in Rio também foi marcada por:
  • Faltando quatro meses para o seu início, seis bandas brasileiras decidiram boicotar o festival. O boicote foi liderado pelo grupo O Rappa, que teve problemas com a organização acima de tudo pelo horário de seu show, e teve o apoio dos grupos Skank, Raimundos, Cidade Negra, Charlie Brown Jr. e Jota Quest. Com esse boicote, o cast do festival teve que ser reformulado.[6][7]
  • Carlinhos Brown: Convidado para o terceiro dia de apresentações, o cantor baiano, especializado no estilo conhecido como "Axé music", foi hostilizado pelo público presente, que o atacou a garrafadas enquanto gritava "queremos rock!". O fato repercutiu de maneira extremamente negativa, como não poderia deixar de ser. Um desrespeito não ao artista, mas a um cidadão que apenas expunha o seu trabalho de forma digna. Uma vergonha que manchou o festival.

 Primeira edição

O Rock in Rio foi realizado pela primeira vez na cidade do Rio de Janeiro, Brasil entre 11 e 20 de janeiro de 1985 em área especialmente construída para receber o evento. O local, um terreno de 250 mil metros quadrados que fica no Rio Centro, em Jacarepaguá, ficou conhecido como "Cidade do Rock" e contava com o maior palco do mundo já construído até então: com 5 mil metros quadrados de área, além de dois imensos fast foods, dois shopping centers com 50 lojas, dois centros de atendimento médico e uma grande infra-estrutura para atender a quase 1,5 milhão de pessoas - o equivalente a cinco Woodstocks - que frequentaram o evento.
A grande fama do evento deveu-se ao fato de que, até sua realização, as grandes estrelas da música internacional não costumavam visitar a América do Sul, pelo que o público local tinha ali a primeira oportunidade de ver de perto os ídolos do rock e do pop internacionais. Roberto Medina realizaria feito semelhante ao trazer o ex-Beatle Paul McCartney ao Rio de Janeiro naquela que foi sua primeira aparição na América Latina, no evento que ficou conhecido como "Paul in Rio" (realizado em 1990, no estádio do Maracanã). Logo depois do fim do Rock In Rio, a "Cidade do Rock" foi demolida por ordem do então governador do Rio de Janeiro, Leonel Brizola. A organização do festival pediu ocupação provisória do terreno, com o intuito de manter a sua posse, após o fim do evento, caracterizando invasão de propriedade pública. No entanto, Brizola decretou sua demolição para efetuar a reintegração de posse do terreno patrimônio do município do Rio de Janeiro.
Internacionalização
O Rock in Rio internacionalizou-se em 2004 com a primeira edição do Rock in Rio Lisboa, na cidade de Lisboa, em Portugal. A organização do festival foi similar à edição de 2001 no Brasil, tendo sido distribuído pelos 200 mil metros quadrados do Parque da Bela Vista, o "Palco Mundo" (palco principal), a "Tenda Raízes", "Tenda Mundo Melhor" e a "Tenda Electrónica". Participaram mais de 70 artistas ao longo dos 5 dias de festival, e o evento foi um sucesso, recebendo mais de 385 mil espectadores, entretanto os brasileiros foram totalmente contra a realização do Lisboa, entre 30 e 31 de maio e a 1, 5 e 6 de junho de 2008. A 27 e 28 de junho e entre 4 a 6 de julho do mesmo ano, fez a estreia em Arganda del Rey, Madrid, Espanha, com o Rock in Rio Madrid. No caso da edição portuguesa, o palco Hot Stage foi substituido pelo palco "Sunset Rock in Rio", um espaço dedicado a concertos conjuntos de artistas e bandas, na maioria portugueses, de vários estilos musicais em formato de "jam sessions".Em 2006, realizou-se a segunda edição do Rock in Rio Lisboa, no mesmo local, entre 26 e 27 de maio e 2, 3 e 4 de junho. Nesta edição já não havia mais a tenda mundo melhor,e a tenda raízes foi substituída pelo palco Hot Stage.
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O Rock in Rio Lisboa realizou-se pela terceira vez no Parque da Bela Vista em
festival no país, mas ignorados devidos a pensamentos ambiciosos por parte dos empresario
s realizadores.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

História em Quadrinho


As histórias em quadrinhos começaram no Brasil no século XIX, adotando um estilo satírico conhecido como cartuns, charges ou caricaturas e que depois se estabeleceria com as populares tiras diárias. A publicação de revistas próprias de histórias em quadrinhos no Brasil começou no início doséculo XX. Mas, apesar do país contar com grandes artistas durante a história, a influência estrangeira sempre foi muito grande nessa área, com o mercado editoral dominado pelas publicações de quadrinhos americanos, europeus e japoneses. Atualmente, o estilo comics dos super-heróisamericanos é o predominante, mas vem perdendo espaço para uma expansão muito rápida dos quadrinhos japoneses (conhecidos como Mangá). Artistas brasileiros têm trabalhado com ambos os estilos. No caso dos comics alguns já conquistaram fama internacional (como Roger Cruz que desenhou X-Men e Mike Deodato que desenhou ThorMulher Maravilha e outros).
A única vertente dos quadrinhos da qual se pode dizer que desenvolveu-se um conjunto de características profundamente nacional é a tira. Apesar de não ser originária do Brasil, no país ela desenvolveu características diferenciadas. Sob a influência da rebeldia contra a ditadura durante os anos 1960 e mais tarde de grandes nomes dos quadrinhos underground nos 80 (muitos dos quais ainda em atividade), a tira brasileira ganhou uma personalidade muito mais "ácida" e menos comportada do que a americana.

Primeiros quadrinhos

Primeira charge no Brasil (1837)
Angelo Agostini, pioneiro dos quadrinhos brasileiros
Logotipo da revista O Tico-Tico (criada em 1905)
Uma cena do curta "Puss Gets the Boot", o primeirodesenho animado de Tom & Jerry.
Os quadrinhos no Brasil possuem uma longa história, que remonta ao século XIX. Como charge, circulou o primeiro desenho em 1837, vendida em separado como uma litografia, de autoria deManuel de Araújo Porto-alegre [1]. Esse autor depois criaria uma revista de humor político em 1844. Angelo Agostini continuou a tradição de introduzir desenhos com temas de sátira política e social nas publicações jornalísticas e populares brasileiras. Entre seus personagens populares desenhados como protagonistas de histórias em quadrinhos propriamente ditas estavam o "Zé Caipora" e Nhô-Quin" (1869).[2] Em 1905 surgiu a revista O Tico Tico, considerada a primeira revista de quadrinhos do Brasil,[3] com trabalho de artistas nacionais como J. Carlos. A partir dos anos 1930, houve uma retomada dos quadrinhos nacionais, com os artistas brasileiros trabalhando sob a influência estrangeira, como a produção detiras diárias de super-heróis (com a publicação do Garra Cinzenta em 1937 no suplemento A Gazetinha)[4] e de terror, a partir da década de 1940,[5] com os jornais investindo nos chamados "suplementos juvenis", ideia trazida da imprensa americana (que lançou as sessões de tiras dominicais) por Adolfo Aizen. Em 1939 foi lançada a revista O Gibi, nome que se tornaria sinônimo de revista em quadrinhos no Brasil.[6]
Continuando com a tradição dos cartuns e charges, se destacaria o cartunista Belmonte, criador do Juca Pato. Em 1942 surgiu o Amigo da Onça, célebre personagem que aparecia na revista jornalísticaO Cruzeiro.
No início dos anos 1950, novos quadrinistas brasileiros que iam aparecendo não conseguiram trabalhar com personagens próprios em função da resistência dos editores. Álvaro de Moya produziu capas de o Pato Donald para a Editora Abril. Em 1952, a Editora Abril adotou o formatinho, formato que gradualmente se tornou padrão em publicações brasileiras de histórias em quadrinhos.[7]
Há ainda o desenho de Gutemberg Monteiro, que foi trabalhar no mercado americano, ilustrando com muito sucesso os quadrinhos de Tom & Jerry. A EBAL, empenhada em demonstrar o potencial educacional dos quadrinhos (que nessa época estavam sob críticas moralistas, principalmente nos Estados Unidos), contratou alguns artistas para desenhar matéria cultural como adaptações de literárias e episódios da história do Brasil. No gênero do faroeste apareceu a revista do Jerônimo, publicada pela RGE em 1957, desenhada por Edmundo Rodrigues e que foi baseada em uma novela de rádio.
Nos anos 1950 surgiram também os primeiros trabalhos independentes de Carlos Zéfiro, autor doscatecismos (quadrinhos eróticos).[8].
Foi no formato de tira que estrearam os personagens de Maurício de Sousa, criador da Turma da Mônica, no fim de 1959. Só mais tarde, em 1970, suas histórias passaram a ser publicadas em revistas: primeiro pela Editora Abril, depois em (1987) pela Editora Globo e a partir de 2007 pelaEditora Panini.Recentemente foi lançado Turma da Mônica Jovem - versão adolescente da Turma em estilo mangá.

[editar]anos 1960

Desenho do Menino Maluquinho.
Em 1960 foi vencida a resistência dos editores e surgiu uma revista em quadrinhos com personagens e temas brasileiros. Foi O Pererê com texto e ilustrações de Ziraldo (mesmo autor de O Menino Maluquinho). O personagem principal era umsaci e não raro suas aventuras tinham um fundo ecológico ou educacional. O cartunista Henfil continuou com a tradição da "tira" com seus personagens contestadores Graúna e Os Fradinhos.
Os quadrinhos de super-heróis tiveram vários personagens brasileiros lançados em revista nessa época: Capitão 7(mistura de Flash Gordon com Super-Homem), Escorpião (cópia do Fantasma) e Raio Negro (baseado no Lanterna Verde da Era de Prata com o visual do Cíclope do X-Men). No estilo policial foi criado o "O Anjo", desenhado por Flávio Colin (citado como o melhor desenhista brasileiro) [9]) que originou o filme O Escorpião Escarlate[10]. No faroeste apareceu a tira do gaúcho Fidêncio, de Júlio Shimamoto[11], além dos quadrinistas de horror, que trabalharam nas revistas da Editora La Selva.
Com o golpe militar houve uma nova onda de moralismo que bateu de frente com os quadrinhos. Em compensação, esse movimento inspirou publicações jornalísticas cheias de charges como O Pasquim que, embora perseguido pela censura, criticavam a ditadura incansavelmente. A Editora EDREL (Editora de Revistas e Livro) fundada por Minami Keizi em 1967, foi pioneira no estilo mangáno país, isso quando ainda não havia se tornado febre. Ilustradores como o próprio Keizi e Claudio Seto desenhavam nesse estilo. Na época causou estranheza e, por isso, os padrões norte-americanos e/ou europeu continuaram a ser seguidos pela maioria dos artistas nacionais.[12]
No final de 1969, a EBAL, por conta do cancelamento da Revista do Mestre Judoca (personagens daCharlton Comics nos EUA), encomenda a Pedro Anísio e Eduardo Baron um novo herói nacional: oartista marcial mascarado Judoka.[13][14][15] Considerado o principal super-herói brasileiro até então (ele apareceu em um filme de 1973 estrelado por Pedro Aguinaga e Elisângela).

[editar]anos 1970

Maurício de Sousa em 2003 durante a abertura da exposição "História em Quadrões". Na gravura da reprodução de "Lição de Anatomia", deRembrandt, aparecem seus principais personagens.
No início dos anos 1970 os quadrinhos infantis no país predominaram, com o início da publicação das revistas de Maurício de Souza e a montagem pela Editora Abril de um estúdio artístico, dando a oportunidade a que vários quadrinistas começassem a atuar profissionalmente, produzindo principalmente histórias do Zé Carioca e de vários personagens Disney[16], mas também trabalhando com todos os personagens que a editora adquirira os direitos, como os da Hanna-Barbera. Artistas brasileiros continuaram a desenhar histórias de personagens infanto-juvenis estrangeiros, como os contratados pela RGE para dar continuidade à produção de histórias e capas das revistas de sucesso do FantasmaCavaleiro Negro,Flecha Ligeira e Mandrake.[17][18] Vale mencionar a tentativa da Editora Abril em abrir espaço para personagens e autores brasileiros, com o lançamento da Revista Crás! (1974-1975),[19] que trazia alguns personagens satíricos como o Satanésio (de Ruy Perotti) e o Kaktus Kid (de Canini, conhecido desenhista brasileiro do Zé Carioca).
Nos anos 1970 começou a circular no Brasil a revista MAD em português, que além do material original, trazia trabalhos de artistas nacionais, na qual se destaca o editor Ota. O sucesso desse lançamento, também fez surgir revistas similares, como Pancada e Crazy.
Aproveitando a onda do western spaghetti foram criados Johnny Pecos, ChetChacal, Katy Apache dentre outros.[20]
Na linha da crítica política e social apareceu a revista Balão, fundado pelo Laerte e pelo Luiz Gê e publicada por alunos da USP e com a curta duração de dez números, revelou autores consagrados até hoje, como os irmãos Paulo e Chico Caruso, Xalberto, Sian e o incrível Guido (ou Gus), entre outros.
Em 1976 a Editora Grafipar, que inicialmente publicava livros, resolve entrar no mercado de Quadrinhos. Em 1978 Claudio Seto montou um Núcleo de Quadrinhos na Editora[21], que teve nomes como Mozart CoutoWatson PortelaRodval Matias, Ataíde Braz, Sebastião Seabra, Franco de Rosa, Flávio ColinJúlio ShimamotoGedeone Malagola, entre outros[22][23].

[editar]anos 1980

Nessa década se consolidou o trabalho artístico de vários quadrinistas brasileiros, tais como Angeli,Glauco e Laerte, que vieram ajudar a estabelecer os quadrinhos underground no Brasil (aliás, alguns denominam de "overground", porque vendidos em banca; "underground" seriam "O Balão" e outras dos anos setenta, vendidas de mão em mão). Outros rotularam esta turma como representantes do "pós-underground". Eles desenharam para a Circo Editorial em revistas como Circo e Chiclete com Banana. Os três cartunistas produziram em conjunto as aventuras de Los Três Amigos (sátirawestern com temáticas brasileiras) e separados renderam personagens como Rê BordosaGeraldãoOverman e Piratas do Tietê. Mais tarde juntou-se a "Los Três Amigos" o quadrinista gaúcho Adão Iturrusgarai. Estes quatro publicam tiras e cartuns até hoje na Folha de São Paulo e lançam álbuns por diversas editoras (mas principalmente pela Devir Livraria). Outro quadrinista de sucesso na época e que continuou na década seguinte é Miguel Paiva, criador dos personagens "Radical Chic", "Gatão de Meia Idade" e desenhista das tiras do detetive "Ed Mort", famosos por também terem sido adaptados para televisão, teatro e cinema.
A Folha também publica tiras de Caco Galhardo(Pescoçudos) e Fernando Gonsales) (Níquel Náusea). Nesse período, muitas publicações independentes (fanzines) começaram a circular, aproveitando o boom das HQs no país em meados dos anos 1980, causado pelo sucesso da importação da produção internacional do material inovador que dera forma a chamada Era de Bronze dos quadrinhos. Uma dessas publicações de grande sucesso foi o fanzine SAGA, que inovou na época, ao trazer impressão em profissional e capas coloridas, coisa totalmente anormal, para um fanzine, que por regra era feito em copiadoras comuns. Seus membros continuam ativos, como Alexandre Jurkevicius e seu personagem Peralta, A. Librandi atua na área de promoção e Walter Junior continua ilustrando. Nessa época também foi publicado as aventuras de Leão Negro, de Cynthia e Ofeliano de Almeida, divididas em tiras do jornal O Globo, um álbum publicado no Brasile em Portugal e revistas e fanzines especializados.

[editar]anos 1990

Na década de 1990, a História em Quadrinhos no Brasil ganhou impulso com a realização da 1.a e 2.a Bienal de Quadrinhos do Rio de Janeiro em 1991 e 1993, e a 3.a em 1997 em Belo Horizonte. Estes eventos, realizado em grande número dos centros culturais da cidade, em cada versão contou com público de algumas dezenas de milhares de pessoas, com a presença de inúmeros quadrinistas internacionais e praticamente todos os grandes nomes nacionais, exposições cenografadas, debates, filmes, cursos, RPG e todos os tipos de atividades. Em 1995, a Editora Abril Jovem, sob a direção editorial de Elizabeth Del Fiore, assina contrato com os ilustradores Jóta e Sany, autores do gibi Turma do Barulho, cujo universo, diagramação e o design das personagens, inovavam em relação aos outros personagens da época. Através de uma linguagem irreverente, Toby, Babi, Milu, Kid Bestão, Bobi, entre outros, viviam aventuras dentro de um ambiente escolar longe de ser politicamente correto, onde os roteiros eram desenvolvidos a partir da idéia O humor pelo humor.O gibi Turma do Barulho foi um dos lançamentos que mais permaneceu no mercado naquele período, sendo publicado pela Abril Jovem e logo em seguida pela Press Editora. Apesar do sucesso,não se sabe até hoje por que os autores pararam de publicar, retornando para as atividades como autores e ilustradores de livros infantis.
Nessa época também apareceu uma nova geração de quadrinistas que foram contratados para trabalhar com as grandes editoras americanas de super-heróis, Marvel e DC Comics: Mike Deodato e Luke Ross, dentre outros.
Apesar de continuar o lançamento de diversas revistas voltadas estritamente para a HQ nacional, como "Bundas" (já extinta), "Outra Coisa" (com informações sobre arte independente) e "Caô", pode-se considerar que o gênero ainda não conseguiu se firmar no Brasil. Graças ao sucesso de Os Cavaleiros do Zodiaco e outros animes na TV aberta começam a surgir novas revistas inspiradas na estética mangás como adaptações dos video games da Capcom Street Fighter escrita por Alexandre Nagado, pela Editora Escala[24] e Megaman pela Editora Magnum, que teve a participação de artistas como Daniel HDR e Érica Awano (onde esta fez sua estreia no mercado editorial),[25] Entre 1997 e1998 Marcelo Cassaro consegue licença para lançar adaptações de Street Fighter ZeroMortal Kombat 4 e lança suas HQs autorais Holy AvengerU.F.O. Team.

[editar]Século XXI

No fim da década de 1990 e começo do século XXI, surgiram na internet diversas histórias em quadrinhos brasileiras, ganhando destaque a webcomics dos Combo Rangers, criados por Fábio Yabuque tiveram três fases na internet (Combo Rangers, Combo Rangers Zero e Combo Rangers Revolution, que ficou incompleta), uma minissérie impressa e vendida nas bancas (Combo Rangers Revolution, Editora JBC, 2000, 3 edições), ganhando, posteriormente, uma revista mensal pela mesma JBC (12 edições, Agosto de 2001 a Julho de 2002) e, posteriormente, pela Panini Comics (10 edições, Janeiro de 2003 a Fevereiro de 2004) e os Amigos da Net, criados por Lipe Diaz e Gabriela Santos Mendes, premiados pela Expocom e veiculados pelos portais Ibest e Globo.com.
Editoras como Escala lançam antologias de mangá inspirado em revistas japonesas como a Shonen Jump, publicando material inédito e antigos como as de Claudio Seto.[26]
Em 2000, Marcelo Cassaro publicou pela Trama, a revista Victory, que chegou a ter capa desenhada por Roger Cruz, em 2003 chegou a ser publicada nos EUA pela Image Comics.[27]
Em 2001, a Editora Abril fecha seu Estúdio Disney[28] e deixa de produzir histórias no Brasil e passa publicar quadrinhos inéditos dos EUA e da Itália e reedições de histórias de produzidas no país.[29]
Em 2002, o personagem infantil Pequeno Ninja é publicado pela Editora Cristal em estilo mangá,[30]em 2007, o personagem voltou a estilo infantil, agora publicado pela On Line Editora.[31]
Em 2003, a Coleção Cabeça Oca, do goiano Christie Queiroz foi lançada (já são 8 volumes publicados). A série de tiras do personagem impulsionou novas publicações do setor como Ozzy, deAngeli. Entre 2003 e 2005, Marcelo Cassaro, lança pela Mythos, Dungeon Crawler, desenhada porDaniel HDR[32] e republicações de Holy Avenger, sob o título de Holy Avenger Reloaded.[33] O fanzinemangá Ethora, é publicado oficialmente em 2004 pela Editora Talismã (antiga Trama) como Ethora especial[34] e 2005 pela Kanetsu Press.[35][36]
Em 2007, a Panini Comics passa a publicar títulos da Turma da Mônica (anteriomente lançados pelaEditora Globo[37].)
Em 2008, a Turma da Mônica ganha uma versão adolescente em estilo mangáTurma da Mônica Jovem pela Panini Comics[38]
No mesmo ano, a Editora Globo resolve se retirar do mercado de quadrinhos, as Organizações Globovinha publicando quadrinhos desde de 1937, ano do lançamento de O Globo Juvenil[39].
No ano seguinte é a vez de Luluzinha ganhar uma versão "mangá" com o título Luluzinha Teen pela Pixel Media (selo da Ediouro).[40]
Hoje em dia, do ponto de vista das grandes tiragens há predominância das histórias em quadrinhos daTurma da Mônica, que fazem sucesso em outros lugares do planeta, mas conta-se com uma nova geração de quadrinistas, muitos que se projetam no cenário internacional. A Editora As Américas traz de volta a Turma do Arrepio.[41]
É anunciado para 2010, o mangá Hansel & Gretel, uma adaptação do conto João e Maria no estilo mangá e cenário Steampunk, escrita por Douglas MCT e lançado pela Newpop Editora.
Em Março de 2010, a Editora Escala lança a revista Didi & Lili - Geração Mangá com versões mangádo personagem do humorista Renato Aragão e sua filha Lívian Aragão.[42]

[editar]Principais artistas

Henfil certamente é um dos quadrinistas mais conhecidos do Brasil. Tornou-se primeiramente conhecido em Belo Horizonte, mas ele nasceu de fato na cidade de Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana daquela cidade. Tendo publicado seu primeiro trabalho em 1964, Henfil teve vários problemas com o governo ditatorial de então. Entretanto o movimento pós ditadura apresentou um cenário novo, no qual novos artistas puderam expor o seu talento.
Dentre os quadrinistas mineiros, Lacarmélio Alfeo de Araújo, criador do personagem Celton, tornou-se símbolo da cidade de Belo Horizonte, tendo recebido homenagens em todas as instâncias administrativas.

[editar]Principais eventos em Belo Horizonte

Belo Horizonte têm-se revelado um polo nacional para eventos ligados à nona arte. Recebendo aBienal Internacional de Quadrinhos em 1997, na terceira edição, durante as comemorações do centenário da cidade, uma efervescência profissionalizante tomou conta da cidade, interessando diversos grupos e empresas ligadas aos quadrinhos.
Hoje, Belo Horizonte conta com a Associação Cultural Nação HQ, que atualmente implementa oCentro de Pesquisa e Memória do Quadrinho, além de promover encontros e festivais anualmente.
O maior Festival de Quadrinhos da América Latina também ocorre em BH, bienalmente, com a próxima edição marcada para Outubro de 2007.

[editar]O Festival Internacional de Quadrinhos

Festival Internacional de Quadrinhos foi criado em 1999, substituindo a Bienal Internacional de Quadrinhos, vindo a atender à demanda por um evento que abrigasse a produção constante da cidade.
A primeira edição, no Centro Cultural da UFMG, teve como homenageados o cartunista Angeli e aFrança. Em 2001 foi a vez da Argentina e do artista Jô Oliveira; em 2003, a Itália e o mineiro Mozart Couto foram lembrados e, finalmente, em 2005 uma homenagem tripla ao paulista Lourenço Mutarelli, e aos belo-horizontinos Celton e Antonio Roque Gobbo (doadores do acervo da principal gibiteca da cidade), foram o centro das atenções.

[editar]Dia do Quadrinho Nacional em BH

Comemorado em 30 de janeiro, o Dia do Quadrinho Nacional, instituído pela Associação dos Cartunistas de São Paulo, ganhou no ano de 2007 uma nova atração: a instituição do Troféu Lor, uma homenagem ao Dr.Luís Oswaldo Ribeiro, professor e pesquisador da UFMG, que trabalha com o quadrinho a muitos anos, numa luta acirrada contra a ditadura. A primeira edição teve o homenageado com ganhador do troféu, que será agora comemorado todo dia 5 de fevereiro, data na qual veio a falecer um de seus ilustres colegas de trabalho, o cartunista Henfil. Em Belo Horizonte, tanto o troféu como a comemoração do Dia do Quadrinho, são iniciativas da Nação HQ.

[editar]Principais publicações, estúdios e prêmios

[editar]Belo Horizonte

A revista Graffiti 76% Quadrinhos, lançada em 1995, é hoje uma das mais respeitadas do gênero no país, já tendo ganhado cinco prêmios HQ Mix recebendo constantes elogios de jornalistas e profissionais do ramo. Além dela, destacam-se os trabalhos de Wellington Srbek, roteirista e professor de quadrinhos, premiado autor de Estórias Gerais (em parceria com o mestre Flavio Colin), e a Casa de Quadrinhos, escola profissionalizante que forma artistas para trabalharem no mercado profissional, sobretudo do exterior.
Seja por meio de leis de incentivo, ou mesmo por iniciativa própria, revistas como a Graffiti 76% e séries como Quadradin, fizeram despontar novos autores, iniciando pequenas revoluções em seus nichos de trabalho. O Emcomum Estúdio Livre, com a publicação de livros e revistas voltadas para a divulgação do quadrinhos, e o lançamento em 2007 do álbum "Um dia, Uma Morte", de Fabiano Barroso e Piero Bagnariol (editores e colaboradores da Graffiti), mostram a evolução constante desta arte na cidade.
Hardrock agradece pelo conteúdo site de origem: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_em_quadrinhos_no_Brasil.